Em entrevista à Rádio CDN, na manhã desta segunda-feira (31), Onyx comentou sobre a repercussão das eleições:
– A decisão da população é soberana. Não há nenhuma discussão sobre isso. Nós vencemos a batalha no primeiro turno e, no segundo, a união das esquerdas acabou dando a vitória ao candidato Eduardo Leite. Ontem (domingo), quando matematicamente se atingiu a definição, eu liguei para ele e desejei que tivesse sucesso, que pudesse atender as expectativas do povo gaúcho. Era o que me cabia fazer democraticamente.
No primeiro turno das eleições, que ocorreu no dia 4 de outubro, o candidado do Partido Liberal obteve 37,50% dos votos. Com o resultado, a equipe optou por manter uma agenda ativa, principalmente em municípios apoiadores.
– Nós apostamos em uma linha de condução que foi adequada para o primeiro turno. Mas, o resultado do segundo turno mostrou que a população queria de uma outra forma. Então, temos que ter a humildade de reconhecer quando a gente erra ou acerta. Eu só posso desejar sorte e sucesso ao novo governo que irá se instalar a partir de 1º de janeiro, porque é a vida dos gaúchos que está em jogo. Vamos aguardar os acontecimentos dos próximos anos para analisarmos uma provável recandidatura lá na frente – analisa Onyx.
Contato com Bolsonaro
No cenário nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), foi eleito com quase 51% dos votos válidos. Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), Onyx se diz preocupado com o país, alegando que “os ganhos que o Brasil fez nos últimos três anos e meio correm risco”. A situação no Palácio da Alvorada no primeiro dia após as eleições também foi comentada pelo político:
– Eu tentei falar com o presidente hoje (segunda-feira) cedo. Ele disse que estava em reunião e me ligava depois. Trocamos apenas mensagens. Habitualmente, no café da manhã, que começa em torno de 7h e 7h15min no Palácio da Alvorada, em condições normais, ele vai alternando os ministros. Eu, em inúmeras vezes, tomei café com ele. Pelo que eu entendi, no WhatsApp, ele está reunido com alguns ministros lá. Então, irei aguardar a ligação dele, que deve ocorrer ao longo da manhã, para poder me inteirar.
Onyx deve permanecer no comitê montado em Porto Alegre por mais três dias, retornando a Brasília posteriormente. Ele não descarta a possibilidade de voltar antes do previsto, caso Bolsonaro chame.
Futuro
Um dos questionamentos do momento é o futuro de Onyx pós campanha para o governo do Estado. À Rádio CDN, o ex-candidato também explicou quais devem ser os próximos passos:
– Irei para Brasília com as coisas resolvidas para abrir a próxima etapa. Tem mandato meu de deputado federal até o dia 31 de janeiro. Então, tenho que cumprir. Tenho compromissos e vou estar ao lado dele (Bolsonaro). Conversarei com ele esta semana para tentarmos entender como iremos conduzir este processo daqui até o final do ano.
Ainda sobre o cenário gaúcho, o político destaca que ‘não houve perdas’, uma vez que a ideologia política deve seguir forte no Rio Grande do Sul.
– Saímos com o movimento de direita fortalecido no Rio Grande do Sul. Não podemos esquecer que consolidamos quase 3 milhões de votos. Eu fui o primeiro candidato de direita em 40 anos, que foi ao segundo turno com condições reais de vencer a eleição. Isso não é perda. É uma conquista importante. Por outro lado, também temos responsabilidades gigantes sobre os nossos ombros. Iremos com serenidade buscar manter esse conjunto de pessoas unidas. Temos uma representação forte na Assembleia, no Congresso Nacional, elegemos nosso senador. Hoje, eu diria que, do Rio Grande do Sul, dos três senadores, temos dois. É algo muito relevante para o futuro do Estado e do Brasil. Então, de ganhos, tivemos mais. O sonho era ter o Piratini. Não foi dessa vez? Tá bom – conclui Onyx.
Arianne Lima – [email protected]
Leia todas as notícias